FOTO (E FATO) DO MÊS

G Ê N I O

31 anos

1,98m

93kg

# 24

12 anos de LAL

JAMES, LeBRON JAMES

Jogão. Outro jogão. No 1º quarto, o Cavaliers demonstrou impressionante determinação e deixou claro que a série não acabaria em Cleveland. LeBron James parecia imarcável, Mo Williams não errava os arremessos de 3 pontos, a diferença chegou a 22 pontos. No 2º quarto, o Magic segurou o ímpeto do adversário, cerrou marcação em LeBron, fez a diferença cair para 1 só ponto, Dwight Howard se agigantou em quadra e o primeiro tempo acabou em 56x55 para o time da casa. O 3º quarto mostrou o equilíbrio do time de Orlando, que passou a frente, chegando a atingir uma diferença de 8 pontos. O 4º quarto mostrou um time de ânimo renovado e outro desesperado. O que se desenhava era a vitória do quinteto visitante, com qualidades mais evidentes de jogo. Se não havia um grande time da casa, havia em casa um extraordinário jogador. Na falta de estratégia, a estratégia é o homem. LeBron James botou a bola debaixo do braço, foi para a entrada do garrafão e decidiu o jogo. Ao todo foram 37 pontos, 15 rebotes e 12 assistências, sendo 17 pontos e 4 assistências somente neste último quarto. O placar de 112 x 102 mais do que levar a decisão de Ohio para a Flórida, faz da camisa 23 do Cleveland Cavaliers um objeto simultaneamente de sonho e desejo.

O REI DE ROMA NÃO RUMA A MADRI, MAS A BARCELONA

KOBE É FLÓRIDA

A MELHOR PARTIDA DOS PLAYOFFS

A 1 segundo do fim da partida, o placar mostrando Orlando Magic 100 contra 98 do Cleveland Cavaliers, LeBron James sofre falta e tem direito a 2 lances livres. Converte de chuá o 1º, a bola do 2º chorou antes de entrar: 100 x 100. A prorrogação de um jogo absolutamente emocionante estava decretada pelas mãos do melhor jogador da Costa Leste. Antes, a 4 segundos do fim do tempo regulamentar, o placar mostrando Cleveland 98 contra 97 do Orlando, Rashard Lewis arremessara de longe e convertera sensacional cesta de 3 pontos virando o jogo. O quinteto de Cleveland é sobretudo LeBron James. Faltam jogadores com quem possa, de fato, dialogar. A cada partida chama para si o heróico compromisso da vitória. A quantidade de pontos por partida de LeBron (fez 44 pontos nesta) demonstra a um só tempo sua inexcedível qualidade e a baixa qualidade da equipe. Do outro lado há um time de qualidade mais homogênea: Dashard Lewis, Dwight Howard, Rafer Alston, Hedo Turkoglu. Veio a prorrogação. A 1 segundo do fim da partida, o placar mostrando Orlando Magic 116 contra 114 do Cleveland Cavaliers, LeBron James arremessa de longe, tentando os 3 pontos e a inacreditável virada. Desta feita, ao contrário de 6ªfeira passada, a bola caprichosamente bateu no aro e, antes que caísse longe, a sirene de fim de jogo soou. Uma partida de antologia, daquelas de que se pode dizer às gerações que hão de vir: meninos, eu vi!

BILLUPS, CHAUNCEY

Se precisasse alguma atuação extraordinária para justificar a grande troca da temporada, Allen Iverson indo para o Detroit Pistols e Chauncey Billups voltando para o Denver Nuggets, este armador magnífico acaba de realizar. A vitória maiúscula contra os Los Angeles Lakers, 120 x 101, não precisava ser maculada pela caça canalha a Kobe Bryant. A atuação extraordinária de Chauncey Billups merecia ser celebrada em uma disputa mais limpa. A série de jogos, que já era combustão pura, incendiou de vez.

NÉCTAR DOS DEUSES

Pode ter havido outra série tão emocionante de jogos decisivos como esta das conferências, mas melhor eu duvido. Todo material de lenda está sendo revivido, renovado. Aquela cesta espetacular do Michael Jordan no final da partida? Tudo o que se pode ver em basquete, esta série de jogos está mostrando. Os jogos têm sido equilibrados, extremamente difíceis e decididos nos últimos segundos. Kobe Bryant se alça à altura dos maiores jogadores de qualquer tempo, LeBron James se torna da mesma altura. Os dois têm pego para si a responsabilidade de decidir os jogos. E têm se saído de forma extraordinária da incumbência. Tanto o Denver Nuggets quanto o Orlando Magic demonstram ser times mais equilibrados, no entanto os dois monstros jogam nos times adversários. O caráter coletivo dos dois times esbarra na qualidade individual dos dois monstros. Há destaques individuais dentro do jogo coletivo e o nome de Carmelo Anthony, do time de Denver, se agiganta. Mas a capacidade de parar o tempo e mudar a história parece ser o destino dos gigantes de Los Angeles e Cleveland. Ambas as séries estão 2x1, ambas indefinidas. A emoção magnetiza as quadras. Os deuses estão entre os homens. Não arrisco palpite, mas não me esquivo da torcida pelo embate dos dois gigantes: Denver Nuggets x Orland Magic seria uma série de jogos magníficos, mas Los Angeles Lakers x Cleveland Cavaliers será o desafio mais próximo que podemos testemunhar da ação destes deuses.

KOBE BRYANT, SIMPLESMENTE O MELHOR

LeBRON JAMES É O NOME DA FERA