HOMENAGEM AOS 457 ANOS DE SÃO PAULO

CABRAL: O RIO DE JANEIRO COMEÇOU COM UM E ACABARÁ COM OUTRO

Le petit cabral teve, coitado, de deixar Paris e vir até onde os otários teimam em morar. É um homenzinho de muita coragem física e moral, ai de quem pense que se escondeu atrás da presidenta para encarar os otários. Às margens do Ipiranga da tragédia que não lhe cabe, seu retumbante brado: "É muita irresponsabilidade dessas famílias que vão morar em lugares inacessíveis, áreas de risco permanente, morrem e traumatizam o país”. Dois otários, os repórteres Evandro Spinelli e Hudson Correa, vão de encontro à boutade do grande, enorme homenzinho público e publicam na Folha de São Paulo matéria explicando que "O GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SABIA DESDE 2008 DE TODOS OS RISCOS NA REGIÃO DA TRAGÉDIA". Explicam o descaso, a omissão, a irresponsabilidade tintim por tintim. E ainda se pode ler que "ESSES ESTUDOS FORAM PEDIDOS E PAGOS PELO PRÓPRIO GOVERNO DO ESTADO". Ou seja, já que governo não produz, pagos por mim, por você, por minha e tua mãe, todos otários. A real preocupação de cabralzinho, esse estadista rotundo, é sua carreira. Em sua agenda só há o lazer das viagens e a carreira. A carreira agora passa pela presidência da ALERJ. Sabe a importância disto para a sua carreira. Que os otários não o atrapalhem!

ENQUANTO OS OTÁRIOS MORREM NO VERÃO...

OS DO ANDAR DE CIMA LAMBE-SE A MÃO, OS OUTROS SÃO OTÁRIOS

Em maio de 2009, em Manguinhos, Rio de Janeiro, o governador do estado chamou de otário um menino negro, pobre, morador da comunidade. Chamou-o de otário por mais de uma vez. Evidentemente não sabia que estava sendo filmado. O governador é um ser midiático: suas reações dependem do registro. Se há câmera ele chora, bate pezinhos, revira os olhinhos. Se não há, viva a boçalidade. Não se sabe se o governador não gosta de preto, ou não gosta de pobre, ou só não gosta que se diga alguma verdade. Ou se da conjunção das três. Do que se pode estar certo é que o governador deve estar revirando os olhinhos neste início de verão. Mesmo sem registro de mídia. Afinal, os otários costumam morrer no verão.

R10 DE JANEIRO